Farense festeja Natal "em família"

Apolinário anuncia “decisões polémicas” para salvar o clube

O encontro “natalício” ocorreu na passada noite de quinta-feira, no restaurante “Camané”, da praia de Faro, um dos principais “sponsors” do clube, propriedade do bem conhecido farense Carlos Manuel Martins. Presentes nomes ilustres da colectividade, com destaque para Aníbal Guerreiro e João Pires, para além de convidados especiais, onde pontificava o ex-jogador e treinador Joaquim Reina, uma “velha glória” e um homem com muitos anos de dedicação ao Farense – que foi seu técnico no ano da primeira subida ao escalão principal do futebol português. O director-desportivo do Farense, António Barão, sublinhou a presença desses “amigos verdadeiros” (e a ausência, por afazeres pessoais, de Luís Coelho). Todos, a quem o clube muito deve nesta hora, garantindo que a meta é “a subida de divisão”. Uma meta que será traçada ano a ano e caso a caso, “até atingirmos o escalão nacional”. Manifestando a sua confiança no projecto emergente, António Barão garantiu ser “mais importante falar menos e produzir mais”, no sentido de, “com um grande empenho” de todos, “dignificar o clube e a cidade”. Deu como exemplo o trabalho de José Manuel Reis e José Estriga, “duas pessoas que me têm surpreendido bastante”, reconheceu. “Obrigatoriamente, temos que subir de divisão”, disse António Barão, pleno de confiança na equipa e no trabalho (técnico) que está a ser desenvolvido. “É preciso alcançarmos o mais rapidamente possível o escalão superior, a 3ª divisão”, frisou.

Humildade acima de tudo

Também o treinador, Carlos Costa, seria chamado a depor. Apenas confirmou os bons resultados do caminho já trilhado, com a “ajuda” de jogadores, dirigentes e público afecto. “É importante a equipa sentir que estão ao seu lado, que há garantias e condições para singrar”. “O futuro poderá ser risonho. Acredito que a época irá decorrer dentro daquilo que tem vindo a acontecer e que chegaremos ao final com os objectivos cumpridos”, pondo Carlos Costa ênfase na “coesão” e na “segurança” da retaguarda que está a apoiar o Farense. Camané comunga da mesma confiança. O “sponsor” da equipa garante ser preciso “seguir um caminho de humildade”, entre o saber fazer e o saber andar, para que o rumo certo não sofra desvios. Recordou ainda a “caminhada europeia”, quando coube ao Farense defrontar o Olimpique de Lyon, hoje um dos grandes (pentacampeões) de França, enquanto o Farense milita na 2ª divisão distrital. Uma diferença “abismal”, que considerou “momentânea”, para ser “ultrapassada” o mais breve possível.

Gomes Ferreira à espera… dos 100 anos

O presidente do Sporting Clube Farense, António Gomes Ferreira, lembrou que o jantar era apenas para “um sector” do clube. Há funcionários que têm vindo a pôr “todo o seu brilho e determinação” ao serviço do emblema, mas que continuam com ordenados em atraso. Tudo isto, porque o Farense “ainda não é um mar de rosas”, mas manifestou a esperança de que, dentro de um ano, a situação seja muito diferente da actual. O Farense está, sim, “a dar passos firmes para estabilizar, para que possa estar todo em festa”. “Estamos rodeados de pessoas que sabem da matéria, para resolver os casos pendentes, o que permitirá que o clube, quando fizer 100 anos (faltam três e picos…), viver um novo clima de desafogo”, acrescentou o líder do Farense, provavelmente à espera dos bons negócios em vista.

Apolinário anuncia “decisões polémicas”

O presidente da Câmara Municipal de Faro, José Apolinário, foi o principal “convidado de honra” do Jantar de Natal do Farense. O edil (que estava acompanhado pelo vereador de Desporto, João Marques) sublinhou os “sacrifícios” da Direcção, na procura de um “caminho” capaz de vencer a crise.Trata-se de uma “estratégia para solucionar os problemas”. Há um ano já se “sabia que o cenário podia agravar-se”. Estava-se “dependente” de várias pessoas e coisas, Não era fácil encontrar uma saída para o clube, na óptica de Apolinário. Hoje, o presidente da autarquia de Faro tem “noção das decisões polémicas, mas decisivas” que terá de assumir. “Decisões difíceis” e incontornáveis, a favor de um emblema que “é um símbolo da cidade”. Pronto para a luta, Apolinário louvou o “esforço e a dedicação da equipa e dos dirigentes” por quem irá “assumir todas decisões” – mesmo que polémicas –, “para que, no ano do centenário, a situação seja (muito) diferente”. Para melhor.

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