Renascer aos 100 anos
"Os nossos grandes problemas são financeiros e só depois de os resolver podemos dotar o Farense de uma gestão equilibrada, que lhe dê estabilidade e saúde", assegura António Barão, o presidente. O dossiê da venda do São Luís está na Câmara, que "procede à sua análise, com a certeza de que é aliciante e do interesse da cidade e, por conseguinte, da edilidade", adianta, revelando que o projecto engloba um hotel de cinco estrelas, spa, clínicas, cinemas e parque de estacionamento.
Sem especificar os valores em cima da mesa - embora diga que o montante tem de ser suficiente para eliminar o passivo -, o líder dos leões de Faro prefere abordar o centenário, rejeitando "arranjar culpados" pela crise, embora saliente as "falhas de gestão e o gastar ao desbarato". As responsabilidades hoje são diferentes, e o presidente divide-as com "a autarquia e a sociedade civil, que não podem ficar indiferentes ao papel de um clube que movimenta quase milhar e meio de atletas", a maioria jovens.
Pese todos os problemas, Barão acredita que estes dias podem marcar o renascimento do Farense. O futebol tenta subir à II Divisão, o basquetebol está bem e recomenda-se, e os sócios, a caminho dos três mil, acreditam na recuperação. As empresas vão dando algum apoio, mas o protocolo com a Câmara Municipal tarda em ser cumprido. "É uma luta complicada, e os contactos não têm sucesso, já que a entidade camarária diz não possuir verbas para satisfazer o acordado, mormente em relação ao nosso trabalho de formação."
O Farense, garante, não quer esmolas. "Resolvendo o problema do estádio, teremos uma base para gerar receitas." De resto, o sonho comanda a vida… "Prenda? Subir de divisão, vender o património e fundar uma miniacademia, com relvado sintético, ginásio, courts de ténis, enfim, um espaço próprio para os sócios terem maiores regalias e onde nós pudéssemos apostar mais forte na formação", conclui.
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