Grande penalidade a terminar repõe justiça no marcador
Vindo de uma boa exibição na Cova da Piedade, o Farense entrou bem no jogo desta tarde, criando no primeiro quarto de hora duas boas situações para inaugurar o marcador, ambas tendo por autor Rodrigo. A primeira num livre directo, rematando colocado, exigindo a Pedro Góias que se aplicasse a fundo logo no ínicio do encontro, a segunda, num remate já dentro da área, fazendo com que a bola embatesse no poste da baliza defendida pelo guardião alentejano. Pouco depois o primeiro lance de alguns protestos por parte dos visitantes, num cruzamento para a área, Pintassilgo perto da linha de fundo tenta novo cruzamento fazendo a bola embater na mão dum defesa visitante. Bola na mão ou mão na bola, o que é facto é Nuno Campos apitou para a marca de grande penalidade e o Farense adiantou-se no marcador por intermédio de Bruno. Pouco depois o Farense dilatava o marcador, desta vez foi Davide Justo de cabeça, correspondendo bem a uma bola bombeada para a área. O jogo corria bem aos da casa, que já disponham de uma vantagem de dois golos, mas melhor que isso realizavam uma exibição tranquila.
As coisas alterariam-se na segunda parte, o Farense foi perdendo o controlo do meio campo e o Lusitano conseguiria reduzir a desvantagem ao fim de 15 minutos da etapa complementar, num golo em que Luís Afonso e Gonçalo dividem responsabilidades, isto um minuto depois de Gonçalo ter salvo o primeiro golo dos visitantes, com uma defesa de alto nível. O Farense tentava responder ao golo dos alentejanos, e pouco depois teve perto de chegar ao 3º golo, quando Norberto à entrada da área, atirou a rasar a trave. Pouco depois, foi a vez dos visitantes dispôrem de excelente ocasião para empatar quando o árbitro assinalou grande penalidade sobre Cubala e respectiva expulsão para Luís Afonso por acumulação de cartões. Os alentejanos não desperdiçaram o ensejo. As coisas de um momento para o outro complicavam-se para os algarvios que viam perder a vantagem de dois golos e ficavam em desvantagem numérica no terreno. Só aqui Edinho mexeu na equipa, um pouco tardiamente, já que a equipa vinha a perder gás há largos minutos. Com a entrada de Álvaro para o lugar de Filhó, Norberto recuou para a posição de lateral esquerdo e o Farense ganhou nova alma. Aos 80 minutos Pintassilgo atiraria por cima da trave num lance em que a bola ressaltou claramente no terreno no momento do remate. Aos 85 minutos foi a vez de Róró em posição privilegiada desperdiçar atirando também por cima. Finalmente perto dos noventa, alguma desconcentração defensiva dos alentejanos, permitiu a Álvaro ganhar posição dentro da área, depois de uma saída extemporânea de Paulo Góias e ser agarrado por Róbson, cometendo assim a 3ª grande penalidade do jogo, esta a mais clara do jogo apesar dos protestos em desespero dos visitantes. Bruno mais uma vez chamado a marcar, não teve dificuldade em colocar a bola no lado contrário que o guardião eborense havia escolhido para se atirar. O jogo terminaria 5 minutos depois, mas não sem que antes mais um atleta do Lusitano fosse expulso, num lance em que Álvaro se encaminhava para a área. Pareceu no entanto algo rígida a interpretação de Nuno Campos, já que Álvarinho se encontrava na lateral da grande área, em posição de criar perigo mas não em posição clara de obter golo.
Nuno Campos esteve bem tecnicamente, ficando com o benefício da dúvida nos lances das 2 primeiras grandes penalidades, mas demasiado ríspido a nível disciplinar, já que o que se passou no São Luís esta tarde pouco teve a ver com a batalha campal que o número de cartões possa espelhar. Com esta vitória o Farense colocou-se a 5 pontos do novo líder, agora o Juventude sendo que estes dispõem de uma partida a mais já realizada, e a 4 pontos da formação da Caparica que cedeu um empate a 2 na sua deslocação à Cova da Piedade.
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