
A deslocação do Farense a Moura aguardava-se com alguma expectativa fruto de algumas exibições menos conseguidas nas últimas jornadas pelos alvi-negros. Edinho na corda bamba, assegurava antes do encontro que a equipa ia dar tudo em campo e que só faltava um pouco mais de sorte na hora de concretizar para que os resultados menos bons se alterassem.
Dificilmente poderia Edinho desejar melhor início da sua equipa, logo aos 4 minutos de jogo Alemão isolou-se e não teve dificuldades em inaugurar o marcador, isto como é óbvio, numa altura em que nenhuma das equipas justificava o golo. Talvez a menor experiência dos homens da casa tenha sido fundamental na obtenção do primeiro golo dos algarvios. Isto permitiu ao Farense manter um nível de jogo relativamente baixo de forma a melhor controlar a partida. Por outro lado o Moura tentava acelerar o jogo mas sempre com dificuldades em criar situações de golo. Só aos 30 minutos houve uma real situação de golo e para os da casa, quando Rúben correspondeu ao um cruzamento e atirou para Gonçalo fazer uma excelente defesa, desviando com uma palmada para canto. Pouco depois era Rodas a atirar de bola parada ao lado da baliza de Gonçalo. O Farense tentava jogar em contra-ataque e fazia-o bem sempre contando com a aflição da defensiva alentejana que tremia cada vez que o Farense se aproximava da baliza dos alentejanos, no entanto denotou dificuldades em incomodar Rosindo durante neste período.
Na segunda parte as equipas entraram como terminaram a primeira, continuando a proporcionar um fraco espectáculo de futebol aos poucos espectadores presentes, sendo que foram-se acumulando os passes errados de ambos os conjuntos nos primeiros minutos. Quando nada o fazia prever dado o mau desempenho das equipas, Rodrigo na sequência de um livre directo dilatava o marcador numa perfeita execução. A equipa de Moura acusou o golo e pouco depois João Paulo atrasava para Rosindo, este na tentativa de aliviar falhou o pontapé e Alvarinho com a baliza à sua mercê aumentou a contenda fazendo o 3º golo do Farense. Quase de seguida a equipa da casa disfrutou de uma boa ocasião para fazer o tento de honra mas o atacante alentejano atrapalhou-se com a bola permitindo a defesa de Gonçalo. De seguida de novo o Moura quase chegava ao golo por intermédio de Bruno Gomes que isolado, permitiria mais uma boa defesa a Gonçalo. Aproveitando a descontração dos algarvios o Moura chegaria ao golo a cerca de 5 minutos dos 90, Rúben numa boa jogada pela direita tirou um cruzamento perfeito e junto à linha de golo Ricardo empurrava para as redes algarvias. Em cima dos 90, Idalécio cometia grande penalidade e via ordem de expulsão por rasteirar um atacante do Moura. Na sequência da grande penalidade Bruno Macarrão atiraria para a defesa de Gonçalo e na recarga desperdiçaria o golo. Foram os melhores minutos da equipa da casa que tentou até ao fim chegar ao segundo golo mas que não conseguiria.
O Farense complicou o fácil e poderia mesmo ter saído de terras alentejanas com outro resultado que não a vitória, tal a quebra de concentração e displicência após o 3º golo. Custou a Idalécio uma cartolina encarnada e o impedimento de jogar os próximos encontros. Para Edinho esta vitória acaba por ser mais um balão de oxigénio, apesar de ter sido obtida sobre uma das equipas com menos capacidade do campeonato. O Farense não rubricou uma boa exibição, longe disso, conseguiu sim ser eficaz, o que de resto era o pretendido por Edinho.
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