COISAS QUE (NÃO) SE ENTENDEM
Objectivamente a grande diferença reside no facto de os Clubes tentarem rendibilizar a formação com objectivos de alimentação dos vários escalões de formação competitiva, até ao escalão principal, enquanto os Agentes Desportivos se limitam a rendibilizar o espaço temporal da formação inicial, sem continuidade nos escalões sequentes.
O caso específico do SC Farense é o caso que devo pegar. O Clube que está quase a cumprir um século de formação viu-se, simplesmente, ultrapassado pelos condicionalismos do mercado, pelas vontades singulares e por siglas que não asseguram continuidade. É a vontade das pessoas.
Reconhecendo isso, não consigo entender, como é preferível optar por um agente desportivo em detrimento do Farense, quando as instalações de treino são as mesmas, quando foi preciso requisitar treinadores que eram do Farense e de outros clubes, quando se desviam formandos de uma camisola para outra, quando a diferença não reside no valor a despender, nem nos horários disponíveis. Da mesma forma, não consigo perceber opções de mudanças de camisola quando os técnicos são os mesmos e a divisão é inferior.
Eu sei que há razões que a própria razão desconhece, tal como sei que o Farense tem “facturas” a pagar pelo seu “desgoverno” ou insuficiências que a memória não esquece. Mas também sei que o Farense nunca desistiu, em todos os momentos, de continuar a ser Farense; de continuar o seu caminho de formação base, de continuar a alimentar os vários escalões de formação competitiva, independentemente das pessoas. Sem esquecer um novo ciclo promovido por uma nova direcção.
Mas também sei que o Farense é um oceano onde os rios irão desaguar… naturalmente.
Por Emídio Taylor em http://infantisfarense.blogspot.com/
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