Quem tem medo...fica em casa!
O Farense voltou a sair derrotado mais uma vez em pleno Estádio Algarve desta feita frente ao seu vizinho Louletano, numa partida que teve uma bela moldura humana, de resto que os jogadores não souberam brindar com um bom espectáculo de futebol. O Farense se ainda não havia vencido em casa, recebia desta vez um adversário que disfrutava do mesmo estádio como sua casa, mas nem isso serviu de factor motivante para a equipa da capital algarvia. O Farense voltou a entrar receoso, os seus jogadores com medo de ter a bola nos pés rapidamente tentavam ver-se livre da mesma, apenas Cannigia, talvez fruto da maior experiência procurou assumir o jogo e empurrar a sua equipa para a frente. Mas mais uma vez sem meio campo e com um ataque praticamente inexistente o Farense não existiu na primeira parte da partida. Por isso foi uma questão de tempo até a sua defensiva ser apanhada em contrapé pelos rápidos atacantes de Loulé, e a uma saída completamente fora de tempo de Costa, Pintinho a não ter grandes dificuldades e fazer o "chapéu" a este. Vinha ao de cima a maior maturidade dos jogadores do Louletano, que por pouco não aumentavam a vantagem fruto do acusar do golo por parte da equipa farense.
Para a segunda parte, Ivo Soares fez entrar Davide Justo para a direita e Tony para a esquerda, tendo-se notado quase de imediato uma melhoria significativa em termos atacantes, com Justo a conseguir ir várias à linha, mas perante os altos centrais louletanos, Everson, Della Pasqua e mais tarde Edinho nada podiam fazer. Incompreensível Ivo Soares ter deixado o único jogador que poderia dar alguma luta em termos aéreos aos adversários no banco. Falo claro de Bruno. Desta forma o Farense apesar de se conseguir acercar mais vezes da baliza adversária, a falta de altura dos jogadores farenses e o bom posicionamento da equipa de Loulé alheado claro está à experiência, não deram qualquer hipótese a que o jogo pudesse ter corrido de outra forma.
A cerca de dez minutos do final do encontro, Fábio Teixeira, jogador formado nas escolas do farense, veria o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho por exagerar no tempo a sair do terreno de jogo. O Louletano reduzido a 10 unidades controlou o jogo até final longe da sua area. O árbitro algarvio Nuno Filipe esteve bem ao agir disciplinarmente neste lance, no entanto permitiu diversos outros lances em que se assistiu a claro anti-jogo tendo compactuado com o mesmo. De resto tecnicamente esteve bem.
O Farense não consegue vencer em casa, nem sequer rubricar uma exibição aceitável no seu reduto, altura para perguntar mesmo, "quem é o culpado?".
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