Defesa comprometedora, Meio-campo inexistente, Ataque ineficaz


Cedo se viu que os problemas da equipa de Faro se mantinham relativamente a encontros anteriores. A um Farense com os sectores muito afastados respondeu a equipa de Reguengos de Monsaraz fazendo bem uso dos espaços entre eles e começou por dominar os primeiros minutos do jogo perante uma incapacidade gritante dos jogadores do Farense em pressionarem em conjunto. Passado uma dezena de minutos e já os alentejanos se adiantavam no marcador, por Canhoto, causando insatisfação nas bancadas pelo desacerto de alguns atletas. Mas o pior ainda estava para vir , pois quando se esperava que o Farense reagisse ao golo, foram os visitantes que continuaram a atacar e a dominar no meio campo. Por isso chegaram mesmo ao dois a zero por Nabor colocando à vista a inconsistência da defensiva farense. No minuto seguinte Della Pasqua "inventaria" um golo num remate certeiro de fora da área que surpreendeu o guarda redes Rui Panaça. De resto Della Pasqua estava a ser dos mais inconformados na linha da frente farense. Ivo insatisfeito fez duas alterações ainda na primeira parte na tentativa de alargar o jogo, pois até então o Farense sem alas estava a ser uma presa fácil para a equipa do Atlético. Chegaríamos ao intervalo com os vistantes a vencer por duas bolas a uma.

As substituições feitas por Ivo alterariam mesmo o cariz do encontro, ambas bem sucedidas pois ambos os jogadores que entraram deram rapidez e vivacidade ao jogo do Farense. O Farense foi sendo cada vez mais dominador e desperdiçando ocasiões de golo, algumas delas flagrantes, chegando mesmo ao ponto de sufocar o adversário por instantes, mas o golo não aconteceu e nos últimos minutos a equipa alentejana fazendo uso de algumas manhas dos seus jogadores conseguiu que os minutos passassem. No último minuto do encontro, na sequência de um canto favorável ao Farense, Kula pediu a Ivo para ir à grande área adversária, este deu o seu aval e na sequência do lance, o Reguengos em contra-ataque sem guarda redes na baliza do Farense e com Cannigia a não voltar a colocar a bola na frente nem sequer a cortá-la, acabou por a perder, quem aproveitou foi Nabor que de fora da área remataria para a baliza deserta.

Ivo Soares tem um árduo desafio pela frente, que é colocar a equipa do Farense a jogar como um conjunto, pois salta à vista o esforço dos atletas mas que acaba por ser inglório porque há uma enorme desconexão entre eles. A vitória dos visitantes assenta bem apesar do empate e pelo que o Farense fez no segundo tempo talvez fosse o resultado mais justo. Arbitragem razoável de João Constantino de Beja que pecou na complacência com o anti-jogo dos visitantes.
Fotos de José Luís Silva
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