O Farense regressou esta tarde aos campeonatos nacionais 3 anos depois de não ter conseguido inscrever a equipa, numa época em que os antigos júniores desmultiplicaram-se para cumprir 7 jornadas que permitissem a resolução dos problemas e a inscrição do plantel sénior, tal não chegaria a acontecer e o Farense regressaria ao futebol na 2ª distrital.
Portela fez alinhar 6 novos reforços, surpreendendo grande parte da massa associativa do Farense não por aqueles que fez alinhar de ínicio mas sim por quem optou por deixar de fora. Edinho, Brasa, Né e Amílcar, 4 jogadores preponderantes na subida do Farense foram deixados no banco, incompreensível no mínimo por 3 destes terem sido substítuidos, por outros 3 (Bruno, Paulinho e Wílson) que na época transacta com Portela ao comando eram seus substitutos. O jogo iniciou-se com algum equilíbrio de parte a parte, disputado a meio campo, sem que qualquer das equipas conseguisse ter um domínio que se evidenciasse muito. Numa primeira parte praticamente sem situações de golo, salvou-se mesmo o grande golo de Paulinho, digno dos maiores palcos do futebol mundial, de fora da área, num forte remate a fazer a bola ir ao ângulo superior esquerdo da baliza campinense. Chegaria-se ao intervalo com a vantagem mínima favorável ao Farense e uma primeira parte com mau futebol e monótona para quem assistia ao jogo.
A segunda parte começou praticamente com o golo do empate, mais um belo golo, desta feita para o Campinense e por Léo, num remate forte e cruzado a não dar grandes hipóteses de defesa a Kula. O Campinense motivou-se e só por mera infelicidade não conseguiu adiantar-se no
marcador num lance confuso junto à linha de golo farense com a bola a tabelar em vários jogadores e caprichosamente a não entrar. O Campinense jogava bem neste período, era mais rápido a trocar a bola e tinha o meio campo totalmente à sua mercê, acabou de certa forma por ser contra à corrente de jogo o segundo golo farense, por Edinho (quem mais?) a antecipar-se ao defesa central das Campinas e a cabecear para o golo. O Farense não soube segurar a vantagem, nem se notou tentativa disso, pois a equipa continuava desorganizada e sem pulmão para segurar o fio de jogo visitante. O Campinense chegaria ao golo por Pintassilgo, no terceiro remate consecutivo desse lance, em que 1º Kula, depois o poste apenas adiaram o mais que justo golo forasteiro. Foi com as melhores ocasiões a pertecerem ao Campinense que o encontro terminou, com os adeptos da casa desiludidos não só pelo resultado, mas também pela fraca exibição.
O Farense começou o campeonato a empatar perante um Campinense que demonstrou ter equipa para lutar pelos lugares cimeiros da tabela. Quanto ao Farense, muito ficou por mostrar e por provar, pois um candidato à subida terá de jogar muito mais.
Fotos de José Luís Silva
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