Quando a vontade não chega...
1-0 aos 60 minutos de jogo por Jaques, aproveitando uma atrapalhação dos defesas centrais farenses, Cláudio remata, Costa surpreendido pela apatia da sua defesa não consegue suster o remate e já sobre a linha Jaques a meter o pé em bola dividida com Wílson sem que este conseguisse impedir que esta entrasse na sua baliza.
O Farense perdeu parte da vantagem pontual que tinha sobre os seus mais directos perseguidores, sendo agora esta de 4 pontos para o 2º classificado, o Lusitano de Vila Real de Santo António e 5 pontos para o seu adversário de hoje, o Castromarinense. Uma coisa é certa, aconteça o que acontecer, o Farense já sabe neste momento que não conseguiu conquistar qualquer ponto frente à formação de Castro Marim.
Num terreno difícil, para os "artistas" da bola, pensou-se que o Farense já traria bagagem suficiente para saber como deveria encarar este encontro. Indecisões defensivas em terrenos onde é díficil praticar um bom futebol pagam-se caro, e foi exactamente isso que aconteceu aos líderes esta tarde. O Farense de forma alguma foi inferior ao seu adversário, pelo contrário, dispôs do domínio de jogo e das melhores ocasiões para marcar, mas o Castromarinense soube esperar, até ao momento em que daria a sua "estucada" no jogo.
Numa primeira parte em que rarearam as situações de golo, foi só nos últimos 10 minutos do 1º tempo que o Farense criou perigo, Barão, em situação de remate preferiu fazer um passe atrasado e a situação gorou-se, Brasa logo de seguida remataria à meia volta com a bola a sair ao lado da baliza de Nélio, e na melhor ocasião do 1º tempo, foi Amílcar a rematar para uma boa defesa do guardião da casa.
Na segunda parte, o Castromarinense tentou entrar mais activo e a tentar comandar as operações, mas foi ao passar dos primeiros 15 minutos do segundo tempo, altura em que o Farense já pegava de novo no jogo a meio campo, que numa bola perdida os centrais de Faro cometeram uma falha que ditaria o desfecho do encontro. A partir do momento do golo, o Farense partiu em busca da igualdade, mas muito bem organizada e num terreno em que é bem mais fácil destruir que construir, a equipa de Castro Marim lá foi levando a água ao seu moinho . Nélio o guarda-redes da casa, conseguiu várias vezes em defesas de recurso, defender com os pés evitando a igualdade.
Não se pode falar em injustiça no resultado, até porque a única equipa a marcar foi a da casa, também não se pode críticar os jogadores do Farense por falta de atitude, pois estes tudo fizeram para chegar à igualdade, pode-se dizer que o Castromarinense esta tarde foi mais feliz e mais organizado sabendo bem a que se propunha quando iniciou o encontro. Sérgio Piscarreta e os seus auxiliares fizeram uma arbitragem positiva, só pecando nos descontos dados, 6 minutos demasiado pouco para as interrupções do encontro, contei por alto 4 paragens para assistências a
jogadores da casa nos últimos 20 minutos de jogo, cerca de 1 minuto para o auxiliar levantar a placa com os descontos, mais uma paragem nos descontos para que o árbitro remendasse a rede da baliza de Nélio, 6 substituições e vários retardamentos de jogo por parte dos homens da casa. É o futebol que temos.
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