Quando o desperdicio é grande não há muito a fazer
O Farense voltou a perder pela segunda vez consecutiva em casa frente ao Castromarinense, um adversário directo na luta pela promoção. Os locais rubricaram mais uma vez uma exibição que deixa realmente a desejar, sem um fio de jogo delineado, com alguns jogadores a não conseguirem perceber qual a sua função no jogo e com demasiados passes errados para uma equipa candidata à subida de divisão.
A primeira parte do jogo foi um autêntico martírio para os associados da equipa da casa, com uma equipa parca de ideias, com alguns jogadores a revelarem pouca vontade, a lentidão foi uma constante. Quem não se aborreceu com o estilo de jogo farense foram os visitantes, que aos poucos conseguiram tomar conta do jogo fazendo uso de uma equipa muito compacta, não dando espaços e começando a pressionar logo à saída da área adversária. Foi numa fase francamente má da equipa da casa que o Castromarinense se adiantaria no marcador, aos 38 minutos de jogo, na sequência de um pontapé de canto, a defesa a ficar a ver, e numa insistência, o atacante forasteiro a desviar a 2 metros da linha de golo. O Farense nos 7 minutos que faltariam para o término do 1º tempo tentaria reagir, mas revelou uma inoperância total no ataque.
Veio a 2ª parte e um novo jogo, com um Farense totalmente transfigurado para melhor, Carlos Costa fez entrar Bruno para o lugar de André, em tarde não, ainda por cima a sair lesionado, e pouco depois colocou Túlio para a saída de Calquinhas. O Farense criou sucessivas ocasiões para marcar, encostou o Castromarinense no seu sector defensivo, mas não foi capaz sequer, umas vezes por azar, outras por apatia, de chegar à igualdade. O Farense mereceu algo mais que a derrota, mas quando não se marcam golos feitos dificilmente se pode aspirar a mais.
O Farense deixa fugir um adversário, mas mais preocupante do que isso continuam a ser as dificuldades em construir uma equipa no sentido real da palavra, pois ali o que se vê, é um grupo de rapazes que se juntaram ao Sábado para uma peladinha. Falta um conjunto a Carlos Costa, e falta organização à equipa. Resta saber se o treinador terá capacidade para inverter o sentido das coisas antes que seja tarde demais.
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