Um novo clube...

Edgar PiresOs adeptos do Farense e, também, do futebol algarvio podem dizer adeus ao Estádio de São Luís, que, a perceber pelas últimas notícias, será vendido por um valor superior a 14 milhões de euros, o suficiente para o clube mais representativo da capital algarvia “lavar” a cara e limpar o passivo.

É o fim de um ciclo que, nas últimas duas décadas, trouxe, primeiro, a glória, mas depois a derrocada financeira e futebolística, devido à incapacidade de gestão de muitos dos que passaram pelos corredores do São Luís.

Os problemas estão solucionados com um negócio que eu já antevia há muito como a única resposta para os males do emblema; como cidadão farense, estou, porém, triste por ver desaparecer um espaço desportivo para ver crescer mais habitação e um complexo comercial, num espaço “nobre” da cidade.

A verdade é esta: sem dívidas nem problemas, vamos ter um “novo” clube, um novo Farense... a caminho de um outro patamar, mais condizente com o seu historial e com a massa adepta que o suporta.

A meta é chegar ao escalão principal e isso será, parece-me, um objectivo facilmente palpável. Resta saber com que pessoas à frente do clube… porque a actual direcção já lá está há quatro anos (!) – quando devia ter saído ao final do mandato (dois anos) para que foi eleita… - e o presidente Gomes Ferreira já anunciou a saída.

Há um grupo de sócios que se prefigura, naturalmente, como candidatos à direcção do Farense. Trata-se da claque South Side Boys, liderada por Rui Roque, que tem criticado os actuais órgãos sociais. Parece-me também óbvio que haverá um outro grupo, de homens mais experientes, que responderá àquela facção.

Quem ganhar, terá de ter resposta para a gestão responsável que, sem dívidas, o nome do clube exige, de forma a não cair no mesmo círculo vicioso. Parece fácil mas não é…

por Edgar Pires em Região Sul

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