Farense: funcionários demitem-se em bloco

Os funcionários do Farense demitiram-se em bloco alegando atraso no pagamento de salários e os serviços que prestavam vão agora ser assegurados por trabalhadores externos ao clube, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

Segundo a mesma fonte, terão sido 14 os funcionários que decidiram rescindir os contratos de trabalho - entre pessoal administrativo, de limpeza e motoristas -, alegando salários em atraso.

Essas pessoas vão agora ser substituídas por funcionários exteriores ao clube que assegurarão os serviços por si anteriormente prestados, precisou a mesma fonte, dizendo que o clube "vai continuar a funcionar".

Depois de terem falhado duas tentativas de venda do Estádio de São Luís, o clube vive agora um impasse, sem autonomia financeira para pagar as despesas correntes e a braços com um passivo que ronda os 10 milhões de euros.

Em cima da mesa da actual direcção esteve também a hipótese de deitar abaixo apenas uma das bancadas do estádio para construir uma zona comercial e um espaço para estacionamento, mas ainda não há confirmação do negócio.

Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, admite a utilização daquele espaço para fins comerciais, mas lembra que o imóvel é património da autarquia e não do clube. Para que os terrenos possam ser vendidos, a autarquia terá que dar a sua autorização, já que é titular do registo de propriedade do espaço ocupado pelo estádio, o que tem impedido que os credores do clube avancem para a penhora dos terrenos.

O certo é que, segundo disse à Lusa fonte ligada ao clube, o Farense "não é auto-ssuficiente", porque, além da "herança" de dívidas, tem ainda uma "pesada máquina" para movimentar.

O Farense, que durante muitos anos teve uma equipa de futebol profissional da I Divisão, foi despromovido em 2001/02, já sob os efeitos dos problemas financeiros, e caiu até à III Divisão, antes de ser desclassificado em 2005/06. De regresso à competição na época seguinte, nos Distritais, o Farense está agora na III Divisão.

Fonte:Record

1 comentário

Unknown disse...

No mínimo é estranho que os funcionários do Farense tomem esta atitude, precisamente neste momento.
E neste momento porquê? - Porque os salários em atrazo decorrem desde 2oo4. Enquanto o Clube esteve à deriva sob a presidência de Gomes Ferreira, mantiveram-se no seu posto. Com salários em atrazo.
Agora, que existe uma nova Direcção com objectivos bem definidos; que está a encarar e a resolver problemas; que tem entre mãos a resolução total do "problema" (por semanas ou meses), resolvem tomar esta atitude radical.
Desculpem-me, mas não entendo.


Observador Farense

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