Vitória arrancada a ferros!
A estreia de Rui Esteves no campeonato coincidiu logicamente com a implementação de um novo sistema táctico, actuando Cannigia recuado na direita mas quando a equipa detinha a posse de bola subia no terreno incorporando-se no ataque, ficando o Farense com 3 homens mais recuados. A primeira parte foi equilibrada, apesar do ascendente farense, apenas por uma vez a bola rondou com mais perigo a baliza da equipa de Castro Verde, ainda antes do quarto de hora, num livre perto da linha final, a bola a cruzar toda a área castrense sem que nenhum dos homens de Faro conseguisse desviar para o golo. Somente à meia hora de jogo o Castrense fez o primeiro remate digno desse nome, no entanto não incomodou seriamente Gonçalo. Antes do intervalo, Bruno amorteceu de peito para um remate de Luís Afonso sobre a barra. E quanto a lances de destaque na 1ª parte estamos conversados, já que poucos motivos mais de interesse existiram, muitas paragens, até para João Letras trocar de sapatilhas houve tempo.
Facto insólito, ao regressarem ao relvado ambas as equipas trocaram de equipamento visto que estes estavam enlameados e encharcados, só que ninguem pensou que os equipamentos se poderiam confundir e foi o que de facto aconteceu. O Farense regressou com camisola branca debroada a preto nas mangas e na gola, O Castrense com camisola preta debroada a branco nas mangas e na gola. Perante isto e a confusão que se poderia gerar, o Castrense teve de vestir coletes verdes por cima das camisolas actuando sem os números das camisolas visíveis. Como se já não bastasse a confusão gerada, o terreno degradava-se ainda mais com a chuva que caía e já a bola custava a rolar. A tendência de jogo manteve-se nos primeiros 5 minutos da etapa complementar, algum equilíbrio que foi quebrado quando Rui Esteves retirou Tony que estava a ajudar a fechar a ala com Cannigia, e colocou em jogo Alemão. Francisco Graça aproveitando-se da abertura no flanco meteu o rápido Jorge Monteiro em jogo e foi ele mesmo que ganhou em velocidade a Cannigia já desgastado, entrou pela quina da área e perante Gonçalo atirou ao canto inferior esquerdo fazendo o golo inaugural do encontro. Telmo Facaia pouco depois também isolado poderia ter matado o jogo mas Gonçalo opôs-se bem.
Rui Esteves esgotou as alterações e o jogo que havia rondado ambas as balizas até ao golo, com a normal reacção do Farense passou a rondar mais a baliza do Castrense. A 10 minutos do final o Castrense ficava reduzido a 10 por acumulação de amarelos de Venâncio. O Farense carregou e a 5 minutos do final, num canto da esquerda o Farense chegaria ao empate, num lance de alguma confusão a surgir perto da linha de golo, Idalécio a pontapear para o fundo das redes. Logo de seguida, livre a meio do meio campo do Castrense marcado para a zona de grande penalidade e Bruno de cabeça a concluir e a dar a reviravolta no marcador. Nos descontos, ainda Trincalhetas veria o 2º cartão amarelo e ordem de expulsão por mostrar desacordo com o árbitro.
Rui Esteves no final do encontro disse que o Castrense em casa é sempre uma equipa complicada na sua casa, muito rápida no contra-ataque e difícil de bater, no entanto considerou a vitória justa pelo que os seus jogadores lutaram, especialmente num terreno que dificultou a maior capacidade técnica dos seus jogadores. Recusou-se ainda a tecer comentários sobre a arbitragem
Deixe um comentário